terça-feira, 15 de novembro de 2011

Livro "O Mal em Machado de Assis" é indicado no Estadão

No último dia 12, o livro O Mal em Machado de Assis, obra de Viviane Cristina Cândido, foi indicado no caderno Sabático, do Estado de S. Paulo, em sua Estante.


Confira:





domingo, 13 de novembro de 2011

II Seminário Sobre o Ensino Religioso - Mogi das Cruzes - SP


ASPPER – Associação de Professores e Pesquisadores em Educação e Religião




16 de novembro de 2011

Local
Casa do Advogado de Mogi das Cruzes
Av. Cândido Xavier de Almeida e Souza, 175 – Centro Cívico

Informações / Inscrições
Praça da Sé, 385 – Térreo – Atendimento ou pelo site: www.oabsp.org.br
Mediante a doação de uma lata ou pacote de leite integral em pó – 400g,
no ato da inscrição.




E ainda: Dia 19 de novembro, 

Encontro ASPPER sobre Ensino Religioso em São Paulo

terça-feira, 18 de outubro de 2011

LITERATURA E RELIGIÃO: O mal, o pecado e a morte como temas do Ensino Religioso

A ASPPER – Associação de Professores e Pesquisadores em Educação e Religião e
        A Diálogo – Revista do Ensino Religioso da Paulinas Editora
Convidam:


Educação e Religião – Estudo da Religião na Escola
LITERATURA E RELIGIÃO:
O mal, o pecado e a morte como temas do Ensino Religioso


Em seu livro O espírito do ateísmo, o filósofo francês André Comte-Sponville afirma que o Ocidente, mesmo se fosse totalmente laico e ateu, não pode desconsiderar o fato de que o pensamento ocidental segue marcado pela tradição judaico-cristã. Nessa mesma linha de raciocínio, o professor e filósofo brasileiro Luiz Felipe Pondé, em seu livro Do pensamento no deserto, evidencia e analisa as interfaces entre a literatura, a filosofia e a religião, considerando principalmente essa tradição.

De nossa parte, pretendemos, nesse encontro, abordar a fundamentação epistemológica da interface Literatura, Religião e Educação por meio dos três conceitos acima indicados, o mal, o pecado e a morte e, ao mesmo tempo, propor temas concretos para a prática pedagógica, principalmente, em Ensino Religioso, ou, como preferimos, no Estudo da Religião na escola que, embora considere a Tradição Judaico-Cristã, do ponto de vista do conhecimento, não tem como pressuposto a pertença religiosa, não buscando também adeptos.

1ª. Parte: Fundamentos da interface Literatura, Religião e Educação

2ª. Parte: Sugestões práticas para o trabalho com os temas.



CONFERENCISTA: Professora Dra. Viviane Cristina Cândido
Doutora em Ciências da Religião pela PUC-SP. Mestre em Educação. Graduada em Filosofia e Pedagogia. Pesquisadora do NEMES do Programa de Ciências da Religião da PUC-SP; do Inteligência Coletiva Interdisciplinar de Estudos em Ciências da Religião da UESB; do Lab_Arte da Faculdade de Educação da USP. Docente do Departamento de Ciências das Religiões da UFPB – Universidade Federal da Paraíba e na pós-graduação lato-sensu em Ensino Religioso do Instituto Teológico Pio XI – SP. Diretora da ASPPER - Associação de Professores e Pesquisadores em Educação e Religião. Membro da Coordenadoria de Direito Educacional da OAB/SP. Parecerista da Revista Plura da ABHR - Associação Brasileira de História das Religiões e Consultora da Rbep - Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos do Inep. Autora dos livros: O mal em Machado de Assis – Cristianismo versus Condição Humana: As Memórias Póstumas de Brás Cubas na perspectiva da Filosofia da Religião e da Educação pela Musa Editora e de Contribuições para uma Epistemologia do Ensino Religioso pela Editora Universitária UFPB.

 
DATA: 19 de Novembro de 2011
HORÁRIO: 8h às 12h.
LOCAL: Espaço da Paulinas Editora
Rua Dona Inácia Uchoa, 62 - Vila Mariana São Paulo – SP

PÚBLICO ALVO:
Professores da rede pública e particular de ensino;
Pesquisadores da área e afins;
Universitários da área.




INSCRIÇÕES:
Até 10/11 - R$ 20,00 associados – R$ 30,00 não associados – R$ 40,00 (adesão + inscrição neste evento)
Até 16/11 - R$ 30,00 associados – R$ 40,00 não associados – R$ 50,00 (adesão + inscrição neste evento)

  

Procedimentos: Para fazer sua inscrição encaminhe para o endereço: aspper@educacaoereligiao.com.br, seu Nome Completo, E-mail e Telefone, juntamente com o comprovante de depósito. O depósito deverá ser efetuado no banco Itaú - 341, Agência 3744, c/c 25666-4, em nome de Viviane Cristina Cândido.





Observações importantes:

1. Despesas de viagem, estadia e alimentação correm por conta do participante.

2. A ASPPER reserva-se o direito de encerrar, cancelar ou adiar as inscrições caso: já tenha preenchido o número máximo de participantes, não ter atingido o nº. mínimo de 20 participantes ou por motivos alheios à sua vontade.

3. O cancelamento de inscrições somente será aceito até 04 dias úteis antes da data do evento, quando serão devolvidos 70% do valor pago.

4. A confirmação do oferecimento do curso ou o cancelamento do mesmo será encaminhado ao participante em até 03 dias úteis antes da data do evento, no endereço eletrônico fornecido quando da sua inscrição.

5. Outras informações pelo e-mail: aspper@educacaoereligiao.com.br



INFORMAÇÕES:






APOIO:

Lab_Arte da Faculdade de Educação da USP;

Coordenadoria de Direito Educacional da OAB/SP;

Comissão de Liberdade Religiosa da OAB/SP.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Imaginário e Dinâmicas do Segredo





XVI Ciclo de Estudos Sobre o Imaginário

Congresso Internacional

  

IMAGINÁRIO E
DINÂMICAS DO SEGREDO






18 a 21 de outubro 2011
RECIFE-PERNAMBUCO - BRASIL

              
Para conhecer a programação, acesse:

sábado, 15 de outubro de 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011


Agenda






Acabamos de publicar as respostas a algumas questões que nos foram
apresentadas por ocasião do I Seminário OAB/SP sobre Ensino Religioso.
Convidamos para a conversa!!!

Aproveitamos para comunicar os eventos agendados - apenas para reserva da data, enviaremos detalhes:

06/10 - Lançamento do meu livro O mal em Machado de Assis pela Musa Editora - SP!!! Conto com a presença de todos!!!!!!!!!!

05/11 - Seminário sobre Ensino Religioso, em Recife. Promoção da ASPPER em parceria com o Colégio Americano Batista!!! Participação da Dra. Fernanda Pimenta (OAB/SP), dos professores Marcos Ferreira Santos (USP) e Marinilson Barbosa da Silva (UFPB) e alunos da UFPB!!!

16/11 - II Seminário OAB/SP sobre o Ensino Religioso - Mogi das Cruzes. Promoção conjunta da ASPPER!!!

18/11 - Encontro do Grupo de Estudos Rosenzweig - Lab_Arte da FEUSP - SP!!!

19/11 - Formação ASPPER para professores - SP - Parceria: Comissão de Direito Educacional e Comissão de Liberdade Religiosa da OAB/SP; Diálogo - Revista do Ensino Religioso
da Paulinas Editora e do Lab_Arte da Faculdade de Educação da USP!!! Apoio UFPB - Departamento de Ciências das Religiões.

A agendar: Lançamento O mal em Machado de Assis na UFPB - João Pessoa!!!

Comunicamos também que nossa dissertação de mestrado será publicada pela UFPB, ainda este ano, sob o título
Contribuições para uma epistemologia do Ensino Religioso!!!
Esperamos que seja mais uma contribuição às discussões ne cessárias para consolidação desse componente curricular
em sua especificidade!!!

Aos amigos do Departamento de Ciências das Religiões da UFPB, alunos, professores, coordenação, que me acolheram,
minha eterna gratidão!!!!!!!!!!

Fiquem à vontade para entrar em contato. Enviaremos maiores informações!!!

Grande abraço, vamos em frente!!!!!!!!!!


terça-feira, 27 de setembro de 2011

PERGUNTAS DO I SEMINÁRIO SOBRE O ENSINO RELIGIOSO

13/08/2011 – SALÃO NOBRE DA OAB/SP

Continuando a conversa...





Para: Profa. Viviane Cristina Cândido





Pergunta: Padronizar o E.R. nas escolas públicas e particulares não é também limitar a liberdade (tolher) daqueles que buscam um aprofundamento específico de determinada religião?



Não se trata de padronizar o ER, e sim de entendê-lo como um componente curricular. Se é um componente curricular, deve ter um conteúdo específico e se tem um conteúdo específico, este conteúdo deve ser básico para o ER que acontece quer na escola pública quer na escola particular confessional, ou seja, aquela que pertence a algum grupo pertencente à uma religião específica.

Quanto ao aprofundamento específico de determinada religião, penso que este não caiba ao ER e sim a um trabalho efetivo do que podemos chamar de pastoral escolar, este seria o lugar para as práticas confessionais, posto que só participariam da pastoral aqueles que quisessem viver uma experiência religiosa na escola.



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Pergunta: Em opinião própria, qual seria a melhor maneira de discernir o melhor caminho para o ensino religioso no Brasil, devido a pluralidade de religiões existentes?



O Ensino Religioso deve caminhar em busca de sua epistemologia. Definido epistemologicamente esse componente curricular teria clareza de sua finalidade na Educação Básica e de qual é, afinal, o conteúdo que pode proporcionar.

Quanto à pluralidade de religiões existentes no Brasil, jamais daremos conta de todas elas. O que podemos fazer é, em minha opinião, trabalhar isso do ponto de vista local, ou seja, a nós devem interessar as religiões presentes em sala de aula, em crianças, adolescentes, jovens e adultos concretos. A escola é um espaço/tempo de relações e é a essas que devemos estar atentos e, a partir disso, estabelecer o diálogo e a convivência com o outro e isto é extremamente complicado simplesmente pelo fato do outro ser o outro e não nós mesmos... Conviver é difícil, ainda mais na diferença, seja ela qual for, então, é preciso olharmos para os sujeitos reais, em suas práticas reais. Algo como um “só por hoje vamos conviver bem”!!!



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Pergunta: A música e a arte quando são puras, advém da Inspiração Divina. Então, porque a música e a arte não fazem parte do ensino fundamental? Assim os jovens veriam a vida por outros prismas. A meditação natural.



Concordo que a música e a arte são importantes para a Educação. Mas sempre acreditei que não precisam ser disciplinas específicas, não se trata de aprender música e arte como conteúdos e sim de viver com música e arte, entende a diferença? A Beleza... A meu ver, todos os componentes curriculares deveriam ter na música e na arte fortes aliados para o seu fazer pedagógico.

Tenho medo desse excesso de novas disciplinas impostas à escola... gosto de repetir com Demerval Saviani que a escola deve ensinar a escrever, ler e contar...



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Pergunta: Mediante sua fala final um dos assuntos a ser trabalhado em sala de aula seria a alteridade? Como trabalhar?



Alteridade não é assunto é uma possibilidade de conseqüência... explico. Urge fugirmos da educação que, ao invés de falar com seres reais e suas realidades contingentes, fala com seres hipotéticos e idealizados... Os seres reais estão colocados num ambiente de relações que é a escola e, na verdade, tem dificuldade para se relacionarem... As dificuldades advêm da diferença... o outro é sempre um problema... Nessa perspectiva, não adianta falar sobre a alteridade e trabalhar isso como “um lugar a que chegar”, é preciso tratar da condição humana; ajudar crianças, adolescentes, jovens e adultos a perceberem tais dificuldades, compreendê-las, compreendendo a si mesmos, de modo a não idealizarem as relações mas viverem-nas como são, sem mais nem menos.

A modernidade nos carrega de motivações para sermos auto-suficientes... quem se acredita auto-suficiente não encontra espaço em sua vida para o outro... guarda uma imagem do outro, a qual, no fundo, é a imagem de si mesmo, assim o outro só é motivo de decepção...

Então falaremos de alteridade, podemos trazer autores importantes sobre esse tema como Emmanuel Lévinas, Martin Buber, Gabriel Marcel, Franz Rosenzweig, Zigmund Bauman, entre outros, mas importa mesmo vivenciar alteridade... Desse ponto de vista, vale lembrar a minha proposição para a finalidade do ER: possibilitar aos educandos uma ampliação de sua visão de mundo, levando-os a uma maior compreensão das questões religiosas no âmbito da vida moderna, tendo a religião como seu objeto de estudo, elevando tais estudos e reflexões à categoria de elementos colaboradores na compreensão e vivência e diálogo na diferença.



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Pergunta: O ensino confessional continua no Ensino Religioso a propor a catequese. Não seria bom uma monitoria do MEC nessas instituições?

O problema maior está num Ensino Religioso que não se constitui como uma disciplina, uma área de conhecimento. Até mesmo do ponto de vista da legislação o tema é controverso: trata-se de uma disciplina cuja oferta é obrigatória para as instituições de ensino e a matrícula facultativa aos alunos e seus responsáveis. Ora, isso já demonstra a não compreensão do ER como componente curricular, infelizmente.

De outro lado, é bom lembrarmos que o FONAPER propôs, em 1997, logo após a inclusão do ER como disciplina na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Religioso os quais o MEC não avaliou, justificando que não tinha pareceristas qualificados para decidir sobre esse tema. Depois desses anos, a questão tem voltado às pautas e, de fato, nesse aspecto, estamos no âmbito do Direito Educacional, daí a imensa importância de Seminários como este, realizados pela OAB/SP, por meio da Comissão do Jovem Advogado que estuda e trabalha em Direito Educacional, em parceria com a ASPPER – Associação de Professores e Pesquisadores em Educação e Religião.

Devemos destacar ainda a parceria da Comissão de Liberdade Religiosa, da Diálogo – Revista do Ensino Religioso e do Lab_Arte da Faculdade de Educação da USP!!! Esse trabalho conjunto tem possibilitado a ampliação da discussão!!!



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Pergunta: Se fizessem um trabalho junto aos órgãos públicos educacionais, a mídia televisiva e escrita, em tentar orientar a população quanto a importância ao ensino religioso na educação, pois acredito que não adianta em nada eu tentar dar uma educação religiosa à minha família. Para que haja uma melhoria em todo o conceito de educação e melhoria de uma vida de respeito entre todos, pois é isso que precisamos, possamos ter uma nação melhor.



Diante do que foi aqui exposto, espero que tenha ficado claro que, embora saiba que precisamos de políticas públicas para as questões da gestão educacional, não acredito em  saídas de grande porte, a cargo do governo ou da militância. Penso que a saída esteja na consolidação de uma epistemologia para o ER que garanta a esse componente curricular o seu lugar como componente curricular e que ele aconteça assim na realidade da sala de aula, nem mais nem menos.



Obrigada sempre e de coração a todos!!!!!!!!!!!!!!!



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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Release e fotos do I Seminário OAB sobre Ensino Religioso


I SEMINÁRIO SOBRE O ENSINO RELIGIOSO
“SUAS CONTROVÉRSIAS: UMA ABORDAGEM MÚLTIPLA A PARTIR DA LEGISLAÇÃO VIGENTE”

A Comissão do Jovem Advogado da OAB - SP, por meio da Coordenadoria de Direito Educacional, sob a responsabilidade da Dra. Fernanda Pimenta, e com o apoio da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB, presidida pela Dra. Damaris Moura, realizaram no último dia 13 de agosto, o I Seminário sobre Ensino Religioso, no salão nobre da seccional paulista da OAB.

O Seminário apresentou as principais discussões relativas ao ER – Ensino Religioso como parte do currículo da Educação Básica, bem como aquelas relativas às relações entre o Estado e a Religião, seguidas de uma proposta epistemológica para um ER que atenda, de um lado, as exigências da pluralidade religiosa e de uma educação que acontece em meio às diferenças e, de outro lado, de educandos que vivenciam experiências religiosas, de afirmação e de negação e, ao mesmo tempo, necessitam de informação para reconhecerem tentativas fundamentalistas, tanto das religiões quanto das instituições ligadas ao Estado.
Este Seminário contou, ainda, com a parceria da ASPPER – Associação de Professores e Pesquisadores em Educação e Religião, do Lab_Arte, da Faculdade de Educação da USP e da Diálogo – Revista do Ensino Religioso, da Paulinas Editora, que enriqueceu ainda mais o evento.

O sucesso do evento se revelou pela participação não só de advogados e estudantes de direito, mas também por pesquisadores, professores da rede pública e particular, representantes de diversas entidades religiosas, além de professores e pesquisadores do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, que vieram a São Paulo para prestigiarem a iniciativa da OAB.

O programa completo com os nomes e mini-currículo dos palestrantes, bem como as fotos do evento podem ser visualizados no blog da coordenadoria (www.direitoeducacionaloabsp.blogspot.com)

O II SEMINÁRIO já está agendado para ocorrer ainda neste segundo semestre na cidade de Mogi das Cruzes, com o apoio e participação da Comissão de Liberdade Religiosa da subseção da OAB, presidida pela Dra. Anderly Ginane.

domingo, 14 de agosto de 2011

Obrigada sempre e de coração!!!!!!!!!!

No último sábado, 13 de agosto de 2011, realizamos o I Seminário sobre Ensino Religioso, promovido pela Coordenadoria do Direito Educacional da Comissão do Jovem Advogado da OAB/SP, com o apoio da ASPPER - Associação de Professores e Pesquisadores em Educação e Religião, do Lab_Arte, da Faculdade de Educação da USP, da Diálogo - Revista do Ensino Religioso, da Paulinas Editora e da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB/SP!!!
O sucesso do evento pode ser constatado no número de participantes e, principalmente, pela permanência num evento que se estendeu até quase duas horas da tarde!!! Quero agradecer aos participantes, inclusive e de maneira especial, aos que vieram de outros Estados, pela dedicação e empenho de todos e dizer que espero, com todo o meu coração, que tenha valido a pena...
Quero agradecer à Dra. Damaris Dias Moura Kuo, presidente da Comissão de Liberdade Religiosa, em quem descobri uma amiga de caminhada, pessoa sensível ao fato de que as  questões religiosas atingem pessoas de carne, osso e alma, às quais precisamos estender a mão! 
Ao Professor Dr. Jair Militão, meu professor no Mestrado, a quem devo os primeiros questionamentos e direcionamento para uma pesquisa consistente em Ensino Religioso! Estendo aqui, como não poderia deixar de ser, minha gratidão ao Professor. e exemplo de vida, Dr. José J. Queiroz, meu orientador no Mestrado e Mestre de sempre!
Ao Professor Dr. João Gualberto, em quem também descobri um amigo de caminhada, preocupado com a explicitação de conceitos importantes, como Educação, Escola, Religião, Religiosidade presentes na Legislação do Direito Educacional e, em particular, do Ensino Religioso!
Á Dra. Lídia Gallindo, amiga sensível às questões pertinentes às relações humanas no ambiente de relações que é a escola!
À Professora Rita Maria da Silva Stella, amiga de tantos anos e batalhadora do Ensino Religioso, dedicada ao trabalho voluntário de formação de professores de ER, inestimável testemunho e exemplo a quem procuro, humildemente, seguir os passos!
Ao Professor Marco Antonio Moraes, amigo de tantos anos e batalhador incansável do ER, como professor, como pesquisador, como meu amigo-conselheiro de todas as horas!
À Dra. Fernanda de Cássia Rodrigues Pimenta, a quem devemos tudo porque foi a mentora, organizadora, juntamente com a Comissão de Direito Educacional da OAB/SP, do evento! Mas antes de tudo, a profissional e pessoa humana que, tendo me conhecido em outros trabalhos, me fez o convite para pensarmos este Seminário, abriu portas, passou a fazer parte da ASPPER, fazendo-se nossa amiga inestimável de caminhada, sobre quem Marco, Rita e eu nos perguntamos como conseguimos chegar até aqui sem a presença dela!
Ao Professor Dr. Marcos Ferreira Santos, meu orientador e amigo que me abre portas e me acompanha nos caminhos para os quais elas abrem, que desde sempre reconheceu o meu trabalho e se pos ao meu lado, incondicionalmente, para fortalecer o caminho da pesquisa e da ação em ER, que entendeu como possível!
Ao amigo Dr. Roberto Gallego, amigo do NEMES, com quem divido a alegria de participar dos estudos e pesquisas, sob a cooordenação do Professor Dr. Luiz Felipe Pondé, orientador e amigo a quem agradeço por tudo, principalmente por abrir horizontes de novos conhecimentos e me apresentar Franz Rosenzweig, autor ao qual dedico meus estudos e que sustentou minha pesquisa rumo a uma epistemologia para o Ensino Religioso! Ao amigo Roberto Gallego agradeço o testemunho de humildade no saber e por compartilhar meus projetos!
Aos amigos da Comissão do Direito Educacional, grupo recente e com o qual já me encontro, e demais membros da OAB/SP por toda dedicação na realização desse evento!
Aos meus alunos queridos, tantos presentes e mesmo os ausentes, amigos de tantos lugares que passei, agradeço por sempre me desafiarem e não me permitirem me acomodar!
Aos demais membros da Associação de Professores e Pesquisadores em Educação e Religião e à amiga e anterior presidente Professora Nerva Gerbi Magrini de Lima, que me convidou para o desafio de continuar sua caminhada de trabalho incansável pelo ER no Estado de São Paulo!
À Paulinas Editora, na pessoa da Ir. Ivonete Kurten, amiga e incentivadora de tantos anos,  com quem aprendi a trabalhar em Revistas, atuando na Diálogo - Revista do Ensino Religioso!
À Ir. Roseane do Socorro Gomes Barbosa, atual Diretora de Redação da Diálogo - Revista do Ensino Religioso, amiga recente, incansável, pesquisadora do ER, que preparou Revistas para serem distribuídas para os presentes!
Aos professores e amigos Professor Dr. Marcos Ferreira Santos e Professora Dra. Eunice Simões Lins Gomes, autores do livro Educação e Religiosidade - imaginários da diferença, que também cederam livros para distribuição!
À Revista Interações - Cultura e Comunidade, da Faculdade Católica de Uberlândia, na pessoa da amiga Vani Terezinha de Rezende, que também cedeu exemplares!
Ao Dr. Roberto Gallego que também trouxe livros para distribuição!
Ao meu Pai, hoje é Seu Dia, a quem perdemos recentemente, por tudo...
À Deus, que desde sempre, traçou o caminho...
Aos exemplos de misericórdia e generosidade que resultaram não num seminário e sim numa Festa!
Depois de 24 anos de dedicação ao Ensino Religioso, à Educação, escolar e universitária, no Estado de São Paulo posso dizer, graças a esse abençoado Seminário, que tive a Graça de olhar o trabalho de uma vida e ver que foi bom! Como me seria possível não agradecer, não ser tomada por esse sentimento que praticamente me paralisa, neste domingo em que, sozinha comigo mesma, e reconhecendo todas as minhas limitações, vejo passar as imagens de tudo o que vivi e que, com todas as dores, é a Vida que amo!
Assim, em êxtase de gratidão, inclusive por tantos amigos que não me foi possível citar aqui e também pelos que não foram amigos, mas me deram força para seguir, colocando-me adversidades e sofrimentos, me despeço de todos e sigo para um novo trabalho, agora em João Pessoa, para onde viajo na noite do dia 21 de agosto. A partir de 22 de agosto tenho a honra e a Graça de começar uma caminhada antiga e nova e espero contar com todos vocês, meus amigos, para que São Paulo siga em frente com reflexões arejadas acerca do Ensino Religioso, a fim de que todos lembremos que tratamos sempre de uma comunidade educativa - diretores, coordenadores. professores, funcionários, pais e alunos reais, imersos e sufocados pela modernidade, aos quais poderíamos acompanhar, trazendo das religiões suas maiores contribuições: a confiança e a paz de saberem que Tempo é Deus e que crer ou não crer não nos separa, antes, é possível chegar ao que nos agrega!

Fraterno abraço, obrigada sempre e de coração!!!!!!!!!!
Viviane Cristina Cândido

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

I Seminário sobre Ensino Religioso - OAB e ASPPER/SP

A Ordem dos Advogados do Brasil - São Paulo fará realizar, em parceria com a ASPPER - Associação de Professores e Pesquisadores em Educação e Religião, o I Seminário sobre Ensino Religioso - Suas Controvérsias: Uma abordagem Múltipla a partir da Legislação Vigente.
A ideia é apresentar as principais discussões relativas ao ER - Ensino Religioso como parte do currículo da Educação Básica, bem como aquelas relativas às relações entre o Estado e a Religião, seguidas de uma proposta epistemológica para um ER que atenda, de um lado, as exigências da pluralidade religiosa e de uma educação que acontece em meio às diferenças e, de outro lado, de educandos que vivenciam experiências religiosas, de afirmação e de negação e, ao mesmo tempo, necessitam de informação para reconhecerem tentativas fundamentalistas, tanto das Religiões quanto das instituições ligadas ao Estado.
Conheça a programação em www.educacaoereligiao.com.br.

Viviane Cristina Cândido

terça-feira, 21 de junho de 2011

Corpus Christi - Entrevista pela TV Gazeta

O significado da Celebração de Corpus Christi passa pela Vida e pela Morte...
Os tapetes de rua, muitas vezes em estilo barroco - um ser assim e também de outro jeito -, retratam a passagem...
O segredo da alegria de quem sabe que seu tempo é finito...
Amigos,
No próximo dia 23 de junho, irá ao ar minha entrevista sobre o significado da Celebração de Corpus Christi no programa OLGA BONGIOVANNI Manhã Gazeta / TV Gazeta / Horário de apresentação: das 9h às 11h.
Fica o convite para quem puder assistir e dar audiência para que me chamem de novo, rsrsrsrsrsrsrs.
Grande abraço,

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Torcida contra versus a bola da vez

Viviane Cristina Cândido


A bola da vez é a Educação, mais especificamente, a educação que acontece na escola. Torcida contra é a matéria publicada hoje na Folha de São Paulo, assinada por Antônio Góis que parte do dado revelado pelo economista Ernesto Martins, a partir do questionário da Prova Brasil de que  “Apenas 38% dos professores que dão aulas para alunos mais pobres no ensino fundamental da rede pública dizem acreditar que quase todos os estudantes concluirão o ensino médio”. Ainda segundo a matéria “De um lado, os professores podem simplesmente estar sendo realistas e, de outro, “A descrença na capacidade de muitos alunos completarem o ensino médio pode, no entanto, tornar-se uma profecia autorrealizadora”.

É impossível não chamarmos a atenção para o vocabulário religioso empregado até aqui (motivo pelo qual, aliás, entendemos que devemos estudar religião na escola. Temos aqui a comprovação inequívoca de que os conceitos advindos da experiência religiosa são usados em campos não religiosos, comprovando como é tênue a linha, se é que ela existe, que divide o secular e o religioso).

Depois, tudo é atestado por uma pesquisa: “O fenômeno foi estudado pelos pesquisadores americanos Robert Rosenthal e Lenore Jacobson, que provaram que a expectativa dos professores tinha impacto no desempenho dos alunos”. A partir daqui o argumento se torna irrefutável, a falta de crença dos professores se confirma pela realidade dos fatos e a crença na ciência visa mostrar os limites da profecia dos professores, afinal, experiências com professores e alunos em laboratório, assim parece, mostraram que se os professores acreditarem mais nos alunos, estes concluirão o ensino médio. Interessante o fato de ainda afirmarem que crença e fundamentalismo sejam questões religiosas. Vale apontar aqui a ampliação desses conceitos em autores como Barbara Smith (2002) e Daniel Dennett (2006).

Na sequencia, a matéria cita que para Ernesto Martins "O fracasso do aluno deveria ser encarado também como fracasso do professor e da escola". Esse é um momento edificante da vida democrática: depois da confissão de fé, que deve ser corrigida para “acreditamos” que nossos alunos concluirão o ensino médio, a culpa pelo eventual fracasso, que só acontecerá se a fé for pequena, devemos dividir entre o professor e a escola, ao deus-estado não cabem culpas. Aqui chamo para interlocução a professora Amanda Gurgel...

Finalmente, a matéria cita Mozart Neves Ramos, conselheiro do movimento Todos pela Educação e membro do Conselho Nacional de Educação, que compara o professor ao médico que deve acreditar na cura do paciente em estado grave e se esforçar para “salvá-lo” e a docente do Instituto de Psicologia da USP, Maria Helena Souza Patto que explica que, “com uma visão negativa dos alunos, educadores se relacionam com eles de modo a confirmar as expectativas de que serão incapazes de aprender”.

É curioso como a medicina e a psicologia são invocadas de seus lugares sagrados diante da necessidade de “resolver” um problema educacional, talvez esteja na hora de repensar esse caráter salvífico dessas ciências. Se os professores não acreditam na aprendizagem dos seus alunos, a maioria dos médicos e psicólogos não acredita na cura dos seus pacientes. Para além disso, a questão não diz respeito a acreditar ou não e sim de querer ou não, de fazer ou não, de ter condições para fazer ou não.

No mais, no que concerne à maioria, vale lembrar Schopenhauer em El arte de envejecer (2010)  “Cada herói é um Sansão: o forte sucumbe às intrigas dos débeis e numerosos”. Quanto ao fracasso vale lembrar que para o epistemólogo Jean Piaget o processo de aprendizagem só é possível por meio do desafio imposto pela necessidade de adaptar-se ao ambiente, do que decorre que, do ponto de vista da filosofia da educação, há de se discutir o que representa o fracasso na aprendizagem e, do ponto de vista da vida como ela é, lembrar que fracassamos em quase todos os nossos intentos, quase todos os dias, sucumbindo à nossa própria condição.

Mas é sob o título de “soluções” que temos o mais interessante. “Ter como objetivo que todos aprendam sem discriminar os de menor desempenho é uma característica de países com bons indicadores educacionais, segundo relatório da consultoria McKinsey divulgado em 2007. O estudo mostrou que países como Canadá, Finlândia, Japão, Cingapura e Coreia do Sul identificam alunos com maior dificuldade, agindo imediatamente para que eles não fiquem para trás”. A controvérsia reside na afirmação de que a escola deve objetivar que todos aprendam sem discriminações, então deixou de ser um problema de crença nos alunos e nas ciências e passou a ser um problema de crença na democracia, na igualdade de todos na hora de aprender ou na possibilidade de igualar os alunos em desempenho.

De outro lado, seguindo esse mesmo estudo trata-se de identificar os alunos com dificuldade e agir imediatamente e o exemplo de ação vem da Escola Municipal Bartolomeu Lourenço de Gusmão, em Vila Nova Isabel, zona leste de São Paulo na qual, segundo a diretora Rosália Hungaro, “uma das estratégias para que todos aprendam é a divisão das turmas em duplas, para que alunos mais avançados interajam com os de pior desempenho. Dessa forma, a escola tenta evitar que se formem grupos de bons alunos que sentam na frente da sala, enquanto os menos interessados acabam recebendo menos atenção do professor”.

Dessa forma, a responsabilidade para com a aprendizagem de todos sai das mãos do Estado, da direção e coordenação da escola, dos professores e vai para as mãos dos alunos, colegas de turma e melhores em desempenho. Esses sim devem acreditar, no final das contas, que seus colegas em igual situação de pobreza e que aprendem menos ingressarão no ensino médio...

Confesso, já que tudo aqui é tão religioso, que quero voltar à escola antiga, quero lembrar Demerval Saviani (1997) para quem a escola é lugar para aprender a ler, escrever e contar. Tudo o mais me é absolutamente estranho...


Confira ainda, também na Folha de São Paulo de hoje o artigo do professor Dr. Luiz Felipe Pondé, na ilustrada.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Conselho de educação revê parecer sobre obra de Monteiro Lobato

Estava na hora...


Viviane Cristina Cândido

"Conselho de educação revê parecer sobre obra de Monteiro Lobato". Este é o título da matéria publicada hoje pelo jornal Folha de São Paulo. O texto lembra que, anteriormente, o Conselho Nacional de Educação recomendava que o livro "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato, não fosse distribuído nas escolas em razão de um “suposto teor racista”, conforme consta na referida matéria, e que estaria presente principalmente em passagens relativas à personagem tia Nastácia, como no trecho "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão".
Talvez pudéssemos dizer que isso é bom, se não fosse tão absurdo. Afirmar que o Conselho Nacional de Educação emite uma resolução importante, é esquecer que a resolução anterior chega a ser uma afronta à possibilidade e capacidade de pensamento inteligente em nossas escolas em 4 tópicos:
1. Os livros de Monteiro Lobato são clássicos da literatura nacional – e é sabido como atualmente desmerecemos os clássicos considerando-os desatualizados na linguagem, pouco atraentes, etc. Tudo tendo em vista um grande referencial, o “MSN”...;
2. Caçadas de Pedrinho, entre outros, é, sempre foi e sempre será referência na formação da infância porque nele são tratados temas reais, em vidas reais e não idealizados pelo pensamento “democrático”;
3. Se é um escândalo dizer que tia Nastácia “trepou”, valeria repassar todos os programas de entretenimento voltados para a juventude e vetá-los, posto que o verbo trepar é utilizado com significado bem diferente daquele de Monteiro Lobato e, por sinal, pode-se dizer que é o verbo e o jeito mais delicado de falar diante da linguagem utilizada por tais programas;
4. Mas o problema não está no “trepar”, imagina. E sim no “que nem uma macaca de carvão", claro. Mulheres, objetos de desejo, podem ser chamadas de macacas, vacas, peras, melancias, samambaias, mas macaca de carvão é agressivo...
Vamos recordar... Quem poderá dizer que não guarda da tia Nastácia uma lembrança de uma senhora muito querida, sempre envolta no preparo de comidinhas gostosas, com suas crenças, seu jeito carinhoso e, ao mesmo tempo, austero de tratar das crianças, educando-as com limites e com amor? Quem não se lembra do seu jeito de rir da vida e, ao mesmo tempo, temê-la por saber que não tem o controle das coisas? Ela sempre soube que era preciso temer porque não conhecemos...
Acho que essa é a recomendação de tia Nastácia para nós hoje... Não se trata de contextualizar as obras, colocando-as no passado, imobilizando-as para lembrar às crianças, adolescentes e jovens que o que importa é o hoje. Mas  trata-se, isto sim, de ler o hoje com os olhos do passado e então tia Nastácia terá muito a nos dizer, inclusive sobre como foi e é amada por todos os que sabem que gente amar gente diferente – e diferentes são todos - é algo para se construir a cada dia, mais ou menos como um apostolado, ou como uma nova ordem todos os dias “só por hoje”.
Não adianta impor, via políticas públicas de educação, formas e fórmulas para tornar a convivência possível. Talvez seja preciso, e nisto acredito piamente, tornar a convivência possível em sala de aula, com o baixinho, o alto demais, o magrinho, o gordinho, o que usa óculos, o que tem espinhas, todas essas diferenças com as quais precisamos lidar e que, se não o fazemos, menos ainda seremos capazes de ver no negro, no índio, no homossexual ou no cigano o diferente, apenas os trataremos como diversidade e diversidade é coisa de ecologia: assumo que a diversidade é boa e importante nos parques que visito...
Sempre me lembro da resposta dos adolescentes no momento em que foram questionados sobre o fato de terem posto fogo num índio, que é “preservado”, disseram que pensaram que se tratasse de um mendigo... Entende? Mendigo pode...
Tia Nastácia sabia “ralhar” com os meninos e fazê-los saber que na vida há limites, frustrações, fracassos, mas que, na maioria das vezes, se conseguirmos ultrapassá-los - compreendendo-os, compreendendo a nós e aos outros, isso tudo acaba em momentos deliciosos na cozinha! Gosto mais dessa lembrança da boa e velha, querida tia Nastácia.